O Homem da Capa Preta

O fato relatado a seguir aconteceu na década de 80 em Santo André, SP, posso garantir que é verídico, pois, aconteceu com a minha própria mãe, que vos contará sobre esse encontro macabro.

A madrugada era fria, uma típica noite de inverno, e parecia que a intensidade do frio aumentava conforme avançava a madrugada com sua neblina.

Já eram 03hs00 da madrugada, eu estava deitada, a vontade de ir ao banheiro só piorava, assim como a coragem em ter que sair da casa para o único banheiro que ficava no quintal, ou seja, do lado de fora da casa, mas não conseguia esperar mais, tinha que levantar.

Nesse momento, me encontrava deitada na cama com o rosto de frente para a parede, pois, a cama ficava encostada nela, resolvi me virar e tomar coragem para levantar, foi quando o vi pela primeira vez, e nesse exato momento, senti meu corpo todo paralisar, como uma paralisia do sono, só que eu já estava acordada, conseguir ouvir o som da minha própria respiração e as batidas do meu coração.

Ali estava ele, ao lado de minha cama, imóvel, me olhando, e eu nem gritar conseguia, o tempo em que ele permaneceu ao meu lado deu para reparar em algumas características suas, tratava-se de um homem muito alto, cerca de 1,85 a 1,95 de altura ou mais, magro, usava uma roupa toda preta, com uma capa jogada em seus ombros e um chapéu, que fazia uma sinistra sombra em seu rosto já escuro, não conseguia ver seus olhos, mas sua cabeça levemente inclinada para baixo demonstrava que ele me observava atentamente.

Não conseguia pensar direito, não sabia o que poderia acontecer, se aquilo era real, se alguém entrou no quarto, tratava-se de uma aparição? Só queria que aquilo sumisse, foi quando consegui fechar meus olhos, e segundos depois os abri, e nada mais encontrava-se ali.

O tempo passou, mas essa imagem nunca saiu da minha mente, o que era aquele homem que me olhava durante a noite? Seria uma espírito, uma entidade? O povo das sombras? Será que ele estava atrás de mim? Isso nunca saberei, a única certeza que tenho é que o vi, foi bem nítido e medonho, e o pior, aconteceu mais de uma vez.

A. B.